sábado, 21 de abril de 2012

Memorial do Convento é uma obra literária escrita por José Saramago. Em resumo, o livro conta duas histórias que, a dado momento, se entrelaçam.

A primeira história leva-nos ao tempo da construção do Convento de Mafra, cuja edificação foi feita por D. João V e oferecida a Deus, para que este lhe desse um herdeiro, uma vez que o rei era casado já há dois anos com D. Maria e até então não tinham tido filhos. Saramago fala e critica a opressão que os nobres e o clero exerciam sobre o povo, uma vez que esta grandiosa construção custou muitos sacrifícios e originou muitas mortes dos populares.
A segunda história é a história de amor entre Blimunda e Baltazar, pessoas pobres e humildes. Blimunda tem o dom de ver por dentro das pessoas, mas para isso tem que estar em jejum.
São ambos amigos do padre Lourenço, um homem perseguido pela inquisição, que tem o desejo de voar e que, para isso, desenhou uma máquina, à qual chamou passarola. Pede a ajuda de Baltasar para a construir e este, após algumas hesitações, aceita. Com a ajuda da amada, mudam-se para a quinta do Duque de Aveiro, em S. Sebastião da Pedreira, para iniciarem a obra.
Entretanto, com a partida do padre para a Holanda, o casal parte também para Mafra, que é a terra de Baltasar. Estiveram sem se ver durante 3 anos, até que Baltasar recomeça a construção da máquina. Num desses dias, consegue voar e nunca mais aparece. Blimunda procura-o durante nove anos, até que um dia, num auto-de-fé, encontra-o. Ele fora condenado à fogueira.
Até esse ponto, Blimunda nunca tinha visto Baltasar por dentro, pois mal se levantava comia sempre um pouco de pão, para não estar em jejum. No entanto, instantes antes de morrer ela olhou-o, recolheu a sua vontade, porque ele lhe pertencia.

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